Tyler Levy Sniff, na casa dos 30 anos, descobriu através de um teste de DNA caseiro que seu pai não era seu parente biológico. Seus pais haviam usado um doador de esperma, mantendo isso em segredo. Isso o levou a buscar sua herança genética, mas seu doador biológico já havia falecido. Essa descoberta destaca a importância crescente de conhecer a própria ancestralidade genética, algo que a ciência comportamental e a prática médica reconhecem. Sua história foi narrada na New York Times Magazine.
Levy Sniff fundou o U.S. Donor Conceived Council, defendendo maior transparência na doação de esperma e óvulos. Bancos de esperma nos EUA já começaram a exigir que os doadores concordem em revelar suas identidades quando a criança atingir 18 anos. Além disso, o Colorado tornou-se o primeiro estado a exigir que bancos de esperma e óvulos revelem a identidade dos doadores para as crianças, caso solicitado, quando estas atingirem 18 anos.
Por outro lado, famílias não tradicionais, especialmente da comunidade LGBTQIA+ expressam preocupações. Elas temem que a eliminação do anonimato dos doadores possa colocar em xeque a legitimidade de suas famílias e até mesmo abrir caminho para direitos parentais aos doadores biológicos. Além disso, a mudança na lei poderia reforçar a noção de que laços genéticos são fundamentais na definição de família, algo que vai contra a visão de muitas delas.
O artigo também aborda o papel das certidões de nascimento e a questão legal em torno da paternidade, especialmente em famílias LGBTQIA+. A solução proposta não é voltar ao sigilo, mas garantir proteção legal igual para famílias formadas por laços interpessoais, e não apenas genéticos.
Fonte: Why Anonymous Sperm Donation Is Over, and Why That Matters
Imagem gerada por Inteligência Artificial