A ética da virtude é a teoria ética mais antiga do mundo, com origem na Grécia Antiga.
Ele define boas ações como aquelas que incorporam traços de caráter virtuosos, como coragem, lealdade ou sabedoria. A própria virtude é uma disposição para agir, pensar e sentir de certas maneiras. As más ações mostram o oposto e são informadas por vícios, como covardia, traição e ignorância.
Para Aristóteles, a ética era um elemento-chave do florescimento humano porque ensinava as pessoas a diferenciar entre virtudes e vícios. Ao incentivar o exame, mais pessoas poderiam viver uma vida dedicada ao desenvolvimento de virtudes.
Uma coisa é saber o que é certo, outra é realmente fazê-lo. Como Aristóteles nos aconselhou a viver nossas virtudes?
Agindo como se já os tivéssemos.
Excelência como hábito
Aristóteles explicou que tanto as virtudes quanto os vícios são adquiridos pela repetição. Se abusarmos rotineiramente da vontade de comer doces, desenvolveremos um vício – a gula. Se permitirmos repetidamente que outros sirvam o jantar antes de nós, desenvolvemos uma virtude – o altruísmo.
A ética da virtude sugere tratar nosso caráter como um projeto para toda a vida, que tem a capacidade de realmente mudar quem somos. O objetivo não é formar virtudes que signifiquem que agimos eticamente sem pensar, mas formar virtudes que nos ajudem a ver o mundo com clareza e, como resultado, a fazer melhores julgamentos.
Em caso de emergência, lembre-se: os vícios distorcem, as virtudes examinam.
Uma citação que a maioria da Internet atribui a Aristóteles diz sucintamente: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, então, não é um ato, mas um hábito”.
Embora ele não tenha realmente dito isso, é uma boa indicação do que representa a ética da virtude. Podemos agradecer ao filósofo americano Will Durant pelo resumo elegante.
Apontar para o meio
Existem dois princípios práticos que a ética da virtude nos incentiva a usar em dilemas éticos. O primeiro é chamado de Média Dourada. Quando estamos tentando descobrir qual é a coisa virtuosa a fazer em uma situação particular, observe o que está no meio entre duas formas extremas de comportamento. O meio-termo será a virtude, e os extremos em cada extremidade, os vícios.
Aqui está um exemplo. Imagine que seu amigo está vestindo uma roupa horrível e pergunta como ela está. Quais são as respostas extremas que você poderia tomar? Você poderia a) cair na gargalhada ou b) dizer que eles estão lindos quando não estão.
Estes dois extremos são vícios – a primeira resposta é maliciosa, a segunda é desonesta. A resposta virtuosa está entre esses dois. Nesse caso, seria gentil – mas honestamente – dizer ao seu amigo que você acha que ele ficaria melhor em outra roupa.
Imaginação
A segunda é usar nossa imaginação. O que faríamos se já fôssemos uma pessoa virtuosa? Ao imaginar o tipo de pessoa que gostaríamos de ser e como gostaríamos de responder, podemos começar a preencher a lacuna entre a nossa identidade aspiracional e quem somos no momento.
A ética da virtude pode nos lembrar da importância dos modelos. Se você quer que alguém aprenda ética, mostre-lhe uma pessoa ética.
Alguns argumentam que a ética da virtude é excessivamente vaga na orientação das ações. Dizem que os seus princípios não são suficientemente específicos para nos ajudar a superar difíceis enigmas éticos. “Seja virtuoso” é difícil de conceituar. Outros expressaram preocupação pelo fato de virtudes ou vícios não serem acordados por todos. O estoicismo ou a abertura sexual podem ser uma virtude para alguns, um vício para outros.
Finalmente, algumas pessoas pensam que a ética da virtude gera o “narcisismo moral”, onde estamos tão obcecados com o nosso próprio carácter ético que o valorizamos acima de qualquer pessoa ou qualquer outra coisa.
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Quais são seus hábitos de bom caráter?
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sobre o autor
The Ethics Centre
O Ethics Centre é uma organização australiana sem fins lucrativos que desenvolve programas, serviços e experiências inovadoras, concebidas para trazer a ética para o centro da vida profissional e pessoal.
Link para o artigo original: https://ethics.org.au/ethics-explainer-virtue-ethics/