A crise silenciosa nos cuidados com idosos nos EUA

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Cláudio Cordovil

Artigo de Emily Peck, publicado no Axios, traz uma discussão urgente sobre os impactos das políticas de imigração dos Estados Unidos no setor de cuidados de longa duração, especialmente em lares de idosos.

A repressão migratória promovida pela Casa Branca está afetando diretamente o atendimento a idosos e pessoas com deficiência, setores já fragilizados por falta de mão de obra.

Os números são expressivos:

  • 41% dos auxiliares de saúde domiciliar são imigrantes.
  • 30% dos profissionais de limpeza e manutenção em asilos são estrangeiros.
  • 22% dos assistentes de enfermagem e 28% dos cuidadores pessoais também vêm de fora do país.

Ou seja, o sistema de cuidados depende fortemente da força de trabalho imigrante — e está à beira do colapso com as novas restrições.

Robin Wolzenburg, da LeadingAge Wisconsin, relata que centros de cuidados estão com alas fechadas, não por falta de demanda, mas por falta de equipe. Antes, ela contava com programas de reassentamento de refugiados para preencher essas lacunas — agora suspensos.

O texto destaca o caso de um cuidador de um jovem autista na Virgínia que está sendo deportado por um crime menor do passado. Seu afastamento trouxe sofrimento tanto para ele quanto para o paciente, evidenciando como esses vínculos são insubstituíveis.

Rachel Blumberg, CEO de uma residência para idosos na Flórida, precisou demitir 10 funcionários devido à suspensão de autorizações de trabalho. Outros 30, em sua maioria haitianos, podem perder o emprego em agosto. Para substituí-los, ela estima um gasto adicional de US$ 600 mil por ano, custo que pode ser repassado aos residentes — o que nem todas as instituições conseguem bancar, principalmente as que dependem do Medicaid.

A Casa Branca sustenta que há americanos disponíveis para preencher essas vagas, apontando que 1 em cada 10 jovens de 16 a 24 anos está desempregado. No entanto, especialistas como David Grabowski, de Harvard, contradizem esse argumento: onde há mais imigrantes, há também melhor qualidade de cuidado.

A exclusão de trabalhadores imigrantes afeta diretamente a qualidade e a disponibilidade de cuidados essenciais para uma população idosa crescente. O debate vai além da imigração: trata-se de uma questão de saúde pública, dignidade e bem-estar.


Fonte: The immigrants caring for the nation’s elderly are losing their jobs / Axios

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

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