A Coreia do Sul está apostando em robôs companheiros com inteligência artificial para lidar com uma crise silenciosa: a solidão dos idosos. O robô Hyodol, com aparência de criança e voz carinhosa, tem ganhado espaço como cuidador auxiliar, promovendo afeto, vigilância e diálogo com idosos que vivem sozinhos.
Companheiros em tempos de solidão
- Inspirado por valores confucionistas, o Hyodol foi criado para interagir emocionalmente, lembrar de medicamentos e monitorar sinais de saúde.
- Equipado com sensores e IA baseada no ChatGPT, o robô detecta inatividade, analisa o humor dos usuários e aciona assistência em emergências.
- Para muitos, o robô é mais que um dispositivo: é tratado como um neto. Alguns chegam a pedir que ele seja enterrado com eles. 🧸
Entre afeto e vigilância
O uso do Hyodol traz benefícios psicológicos visíveis, com relatos de melhora em quadros de depressão e demência. No entanto, especialistas levantam preocupações éticas:
- Privacidade e consentimento: Há dúvidas sobre como os dados sensíveis são coletados e usados, especialmente em uma população vulnerável.
- Ilusão de companhia: O conforto proporcionado pode levar ao isolamento social ainda maior, especialmente entre pacientes com demência.
- Carga de trabalho: Embora concebidos para aliviar os profissionais, os robôs acabam exigindo mais suporte técnico e emocional por parte dos cuidadores.
Expansão global e desafios éticos
Com planos de internacionalização até 2026, o Hyodol está sendo adaptado para outros idiomas e culturas. Mas o equilíbrio entre tecnologia assistiva e cuidado humano segue delicado.
“O real impacto do Hyodol está no papel de mediação. Ele conecta pessoas, não as substitui.” — Heesun Shin, pesquisadora na KAIST
Este caso revela os dilemas bioéticos contemporâneos: até que ponto a tecnologia deve intervir no cuidado humano? O Hyodol não é apenas um robô, mas um símbolo da tentativa de humanizar o cuidado automatizado — com todos os riscos e promessas que isso implica.
🧠 Reflexão bioética: Como garantir autonomia, dignidade e privacidade dos idosos quando a tecnologia assume papéis afetivos e assistenciais?
Fonte: AI robot dolls charm their way into nursing the elderly / Rest of world
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4