Artigo publicado na revista Nature aborda um tema muito sério e relevante: os desafios enfrentados por pessoas com COVID longa em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil. A história de Letícia Soares ilustra bem essa realidade. Ela, uma pesquisadora brasileira que retornou do Canadá com COVID longa, encontrou um cenário desalentador: falta de conhecimento e reconhecimento da condição tanto por profissionais de saúde quanto pelo público em geral.
Esse desconhecimento é agravado pela escassez de pesquisas sobre COVID longa nesses países. A maioria dos estudos é realizada em regiões mais ricas, deixando um vazio de informações em nações de baixa e média renda. Este vazio não só dificulta a compreensão e o tratamento da COVID longa, mas também impede ações efetivas de advocacy e políticas públicas. Como resultado, muitas pessoas sofrem em silêncio, sem o devido reconhecimento e apoio.
As pesquisas que existem indicam que a prevalência da COVID longa pode ser semelhante em países ricos e pobres. Por exemplo, estudos no Irã e na África do Sul mostraram uma alta porcentagem de pessoas com sintomas persistentes após a infecção por COVID-19. No entanto, esses dados são limitados e não abrangem todos os aspectos da doença, especialmente em casos que surgem após infecções leves.
Outra preocupação é a possibilidade de que a COVID longa se manifeste de maneira diferente em diferentes contextos, influenciada por fatores genéticos e ambientais. Isso ressalta a importância de uma abordagem global para entender a doença.
A situação é ainda mais complicada pelo fato de que os sistemas de saúde em muitos países de baixa e média renda já estão sobrecarregados e têm recursos limitados para pesquisa. Além disso, muitos desses países enfrentam o legado do colonialismo e exploração, que impacta diretamente suas capacidades econômicas e de saúde.
É fundamental que os sistemas de saúde reconheçam e levem a sério a COVID longa, como em outras doenças pós-virais. Tratamentos e estratégias de reabilitação precisam ser adaptados às realidades locais, aproveitando os recursos disponíveis, como os agentes comunitários de saúde no Brasil.
Em resumo, o artigo chama atenção para a necessidade urgente de mais pesquisa e reconhecimento da COVID longa em países de baixa e média renda, para que milhões de pessoas, como Letícia Soares, não continuem sofrendo em silêncio e sem apoio adequado.
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4