Cass Review: ética, evidência e cuidado com jovens trans 🧠⚖️

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Cláudio Cordovil

Um novo editorial na American Journal of Bioethics esclarece fatos e desfaz equívocos sobre a Cass Review, o mais abrangente estudo britânico sobre cuidados com crianças e adolescentes com disforia de gênero. Escrito por Camilla Kingdon, Nicola Stingelin-Giles e Hilary Cass, o texto reforça a importância de avaliações baseadas em evidências — acima de pressões ideológicas ou políticas.

📌 O que foi a Cass Review?

  • Encomendada pelo NHS (serviço público de saúde britânico), a Cass Review avaliou práticas clínicas em resposta ao aumento de jovens buscando atendimento relacionado à identidade de gênero.
  • A revisão revelou uma base científica frágil para tratamentos hormonais em menores de 18 anos e sugeriu abordagens mais cautelosas e centradas no bem-estar integral do paciente.

🔍 Principais achados

  • A maioria das diretrizes internacionais, incluindo as do World Professional Association for Transgender Health (WPATH), foi mal avaliada em termos de rigor metodológico.
  • Suécia e Finlândia se destacaram por recomendar apoio psicossocial como primeira linha de cuidado.
  • Não há evidência robusta de que os bloqueadores de puberdade sejam seguros ou eficazes a longo prazo.
  • Estudos mostram que muitos jovens resolvem sua disforia com o tempo ou seguem caminhos diversos da transição médica.

⚖️ Bioética e autonomia

O editorial critica o foco excessivo em autonomia, especialmente quando há incerteza diagnóstica e escassez de dados de longo prazo. O princípio da beneficência deve guiar decisões clínicas, e tratamentos irreversíveis só devem ser oferecidos quando o benefício supera claramente os riscos.

🌍 Contexto político e social

  • Ao contrário dos EUA, onde o debate é altamente polarizado, a abordagem britânica tem apoio bipartidário e respaldo institucional.
  • A Cass Review não representa interferência política, mas sim um modelo de governança baseado em revisões independentes e diálogo com diversos atores sociais.

📢 Conclusão

O editorial reafirma que oferecer tratamentos baseados em evidências de baixa qualidade a jovens vulneráveis é, em si, uma forma de injustiça. A Cass Review propõe uma virada ética: menos pressa, mais escuta e ciência de melhor qualidade.


Fonte: The Cass Review: Distinguishing Fact from Fiction / Bioethics Today

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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