Edição genética em embriões humanos: Polêmica e esperança no horizonte

Foto do autor
Cláudio Cordovil

A polêmica sobre bebês geneticamente modificados voltou com força. Desde o caso de 2018, quando o cientista chinês He Jiankui anunciou o nascimento dos primeiros bebês editados com CRISPR — ato condenado como imprudente e antiético — a ciência e o setor privado vêm observando essa fronteira com atenção renovada.

Hoje, empresas de biotecnologia, investidores do Vale do Silício, empreendedores da Costa Leste e defensores do pronatalismo apostam que a edição genética de embriões pode ser usada para prevenir doenças hereditárias graves, como fibrose cística e beta-talassemia.

O Manhattan Project e sua proposta

O destaque atual é o Manhattan Project, criado por Cathy Tie e Eriona Hysolli. O plano é avançar de forma transparente, com supervisão bioética rigorosa e etapas bem definidas:

  • Testes iniciais em camundongos
  • Avanço para primatas
  • Estudo em células humanas
  • Futuro trabalho com embriões

A meta declarada é simples, mas ambiciosa: eliminar doenças genéticas antes do nascimento.

Regulamentação e novos desafios

Nos Estados Unidos, a edição genética de embriões que possam se tornar bebês é proibida. No entanto, mudanças políticas e a pressão do capital privado podem alterar esse cenário. Investidores defendem o uso de técnicas mais seguras, como o base editing, enquanto alguns já falam em ir além da prevenção de doenças, explorando melhorias cognitivas e físicas — algo que reativa debates sobre eugenia e referências ao filme Gattaca.

Benefícios e riscos em disputa

Possíveis benefícios:

  • Prevenção de doenças incuráveis
  • Redução do impacto de mutações hereditárias
  • Avanço no conhecimento sobre reprodução humana

Principais riscos:

  • Erros transmitidos a todas as gerações futuras
  • Uso para fins não médicos (melhorias estéticas ou cognitivas)
  • Abertura para um mercado de “bebês sob medida”

A questão ética central

Para os defensores, deixar de usar a tecnologia — caso se prove segura — também seria antiético. Já para os críticos, a pressa pode representar um salto perigoso rumo a uma nova forma de eugenia tecnológica.

O consenso entre especialistas é que o debate precisa ser aprofundado, com diálogo entre cientistas, reguladores e sociedade. No fim, a pergunta que ecoa é: quando (e se) será o momento certo para permitir a criação de bebês geneticamente editados? 🧬


Fonte: The quest to create gene-edited babies gets a reboot  / NPR

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

Deixe um comentário