🟡 Em uma reflexão poderosa publicada no The New York Times, o colunista David French faz um alerta profundo sobre como nossa cultura contemporânea está lidando com o sofrimento humano — do início ao fim da vida.
Canadá e a indústria da eutanásia
French comenta a reportagem de Elaina Plott Calabro sobre o avanço da eutanásia no Canadá. Desde 2016, mais de 60 mil pessoas morreram por meio da Assistência Médica para Morrer (MAID), e o dado mais alarmante: quase metade delas se via como um peso para seus familiares.
Entre os casos citados:
- Um jovem com câncer potencialmente curável que escolheu morrer para não enfrentar o tratamento;
- Uma idosa que optou pela eutanásia após fraturar o quadril;
- Um paciente solitário, que deu seu consentimento final deitado num colchão no chão.
O início da vida: seleção genética e diagnósticos pré-implante
A crítica se estende à crescente sofisticação da seleção embrionária em fertilizações in vitro. French menciona a entrevista com Noor Siddiqui, fundadora da empresa Orchid, que oferece testes genéticos para embriões com base em riscos estatísticos de doenças futuras.
Embora a tecnologia não determine com certeza o desenvolvimento de doenças, ela incentiva escolhas baseadas em probabilidades — um terreno ético delicado. O autor destaca que práticas semelhantes já resultaram, em alguns países, na quase eliminação de fetos diagnosticados com síndrome de Down.
O sofrimento como elemento humano
French argumenta que o sofrimento, embora doloroso, é também um elo entre as pessoas. Em vez de tratar a vulnerabilidade como fracasso, ele propõe que ela seja vista como uma oportunidade para o cuidado, a empatia e a transformação pessoal.
🧡 Um exemplo tocante: um homem canadense, após sofrer um acidente e solicitar a eutanásia, desistiu da morte ao sentir novamente o carinho da família. “Ele mudou de ideia porque a presença humana voltou”, relata seu médico.
Entre autonomia e comunidade
A cultura da autonomia extrema e da produtividade como valor central — o que o autor chama de workism — pode levar à ideia de que vidas não produtivas perdem seu valor. Contra isso, French propõe uma visão baseada na dignidade intrínseca do ser humano.
“Somos valiosos por sermos humanos, não por sermos úteis.”
Reflexão final:
A defesa da vida, segundo David French, exige que enfrentemos a dor com compaixão, sem transformar o sofrimento em justificativa para a exclusão. Ao cultivar comunidade e cuidado mútuo, redescobrimos o valor essencial da vida humana — em qualquer condição.
Fonte: What It Really Means to Choose Life / The New York Times
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4
Imagem gerada por Inteligência Artificial