Mercado negro de Ozempic cresce com falsificações perigosas

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Cláudio Cordovil

Artigo recente publicado pela CNBC revela uma investigação sobre o mercado ilegal de medicamentos para emagrecimento, com foco especial no Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Zepbound, drogas populares na classe dos agonistas GLP-1. Esses medicamentos, destinados originalmente ao tratamento de diabetes e obesidade, estão sendo alvo de falsificação ou desvio ilegal, um problema crescente impulsionado pela alta demanda por tratamentos de emagrecimento.

Investigação no Colorado: Caso Laver Beauty

A investigação levou a um endereço residencial em Boulder, Colorado, onde uma empresa chamada Laver Beauty estava supostamente operando. A CNBC comprou o que foi vendido como Ozempic por apenas $219, uma fração do preço de mercado nos EUA, que é $968. O medicamento foi enviado da China sem as condições de refrigeração adequadas, o que levantou suspeitas sobre sua autenticidade.

A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, confirmou que o medicamento adquirido era um produto legítimo, mas destinado ao mercado chinês e, portanto, não autorizado para uso nos Estados Unidos. Além disso, a empresa destacou o risco de infecção pela possível falta de esterilidade.

Mercado Internacional e Riscos dos Medicamentos Falsificados

O problema não se restringe aos Estados Unidos. No Reino Unido, autoridades apreenderam centenas de canetas de insulina rotuladas falsamente como Ozempic. Esse tipo de falsificação pode ter sérias consequências para a saúde dos pacientes, incluindo o risco de morte. A Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, também se mostrou ativa no combate às falsificações e demonstrou como algumas versões falsificadas de seu medicamento continham, na verdade, outro remédio para diabetes que não causava perda de peso.

A situação é tão alarmante que até medicamentos que ainda estão em fase de testes clínicos, como o retatrutide, já estão sendo vendidos ilegalmente online.

Apreensões e Ações das Autoridades

As apreensões de medicamentos falsificados ou desviados têm aumentado nos principais pontos de entrada dos EUA, como o aeroporto JFK, em Nova York. No ano passado, mais de 60 mil apreensões foram realizadas, com o número esperado de interceptações de medicamentos para emagrecimento dobrando em 2024.

Além disso, plataformas como Facebook e TikTok também estão sendo usadas para a venda desses produtos. Empresas de cibersegurança, como a BrandShield, estão trabalhando junto com as farmacêuticas para fechar esses canais ilegais. Em 2023, 250 sites que vendiam produtos falsificados foram removidos.

Conexões com a Turquia

A Turquia tem sido um ponto focal importante para o comércio ilegal de medicamentos, devido aos preços subsidiados dos remédios. As autoridades turcas têm realizado operações para conter o problema, mas os falsificadores têm acesso a equipamentos de embalagem de alta qualidade, o que dificulta a diferenciação entre produtos verdadeiros e falsificados.

Alerta da FDA e Preocupações com a Segurança

Nos Estados Unidos, a FDA já apreendeu milhares de unidades de Ozempic falsificado e alertou para os perigos de consumir esses produtos. A segurança dos pacientes é a maior preocupação das empresas farmacêuticas, que continuam investindo em medidas para combater o mercado ilegal. Como dito por um representante da Novo Nordisk, “não existe falsificação segura”.

Essa situação reflete o impacto negativo que o mercado negro de medicamentos pode ter, especialmente em um setor tão sensível quanto o farmacêutico, onde a saúde e a vida das pessoas estão em risco.


Fonte: Ozempic underworld: Inside the black market of obesity drugs / CNBC

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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