A morte assistida de Lauren Hoeve, uma holandesa autista de 28 anos, desencadeou um debate profundo sobre os limites e a ética da eutanásia, especialmente em casos de sofrimento psicológico intenso. Diferente de doenças terminais clássicas, como câncer em estágio final ou doenças neurodegenerativas, o tormento de Hoeve estava enraizado em condições psicológicas: síndrome de fadiga crônica e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) , agravadas desde 2019. Sua decisão de optar pela morte assistida, em meio a uma luta contra o que ela descreveu como uma “tortura absoluta”, reflete a complexidade em avaliar o sofrimento mental em paralelo ao físico nas discussões sobre a eutanásia.
A situação levanta questões sobre como sociedades e sistemas legais diferem no trato com a eutanásia, especialmente quando relacionados a doenças psiquiátricas.. No Canadá, por exemplo, a legislação permite a assistência médica para morrer (Medical Assistance in Dying – MAID) até mesmo para condições psiquiátricas, uma política considerada das mais permissivas globalmente. Enquanto isso, no Reino Unido, ativistas e figuras públicas, como Dame Esther Rantzen, lutam por uma legislação que permita a morte assistida, refletindo uma tendência global em direção à reavaliação das leis de eutanásia.
O caso de Hoeve também ressalta a importância de rigorosas salvaguardas e avaliações competentes para garantir que as decisões sobre a morte assistida sejam tomadas de maneira informada e considerada. A história pessoal da narradora, que enfrentou ideias suicidas passivas devido à depressão pós-parto, ilustra a complexidade em distinguir entre sofrimentos temporários, tratáveis, e aqueles considerados insuportáveis e intermináveis.
A reflexão sobre a morte assistida de Hoeve, sua luta documentada em um blog e as consequentes discussões públicas sobre dignidade na morte, contribuem para um debate necessário sobre como sociedades podem abordar o sofrimento humano de maneira compreensiva e ética. A história de Hoeve, assim como a experiência da narradora com a depressão, sublinha a necessidade de um diálogo contínuo sobre a morte assistida, os direitos dos pacientes e as fronteiras da medicina moderna.
Fonte: 28-year-old Lauren Hoeve died by euthanasia – to a degree, I understand her pain
Imagem gerada por Inteligência Artificial
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4