Tom L. Beauchamp, o filósofo que moldou a bioética moderna (1939-2025)🕊️🌟

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Cláudio Cordovil

Faleceu, em 19 de fevereiro de 2025 ,Tom L. Beauchamp, um dos pensadores mais influentes da bioética contemporânea. Com uma trajetória marcada por erudição, coragem moral e compromisso com a justiça, Beauchamp deixa um legado intelectual sem paralelo, que reverbera em salas de aula, comitês de ética, políticas públicas e decisões clínicas ao redor do mundo. 💙

Sua trajetória ética começou na juventude, ao confrontar o racismo estrutural em Dallas. Com formação em filosofia e estudos religiosos, percorreu universidades como SMU, Yale e Johns Hopkins, até se tornar professor da Universidade de Georgetown e referência no Kennedy Institute of Ethics. Em parceria com James Childress, publicou Principles of Biomedical Ethics (1979), cuja estrutura baseada em quatro princípios fundamentais deu origem ao “principialismo” e se tornou o alicerce do campo da bioética por mais de quatro décadas. A obra teve oito edições e foi traduzida em diversas línguas.

Como filósofo da Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos em Pesquisas Biomédicas, Beauchamp teve papel central na redação do Relatório Belmont (1978), que definiu os princípios da ética na pesquisa com seres humanos. Ao lado de sua esposa e colega Ruth Faden, escreveu A History and Theory of Informed Consent (1986), clássico incontornável sobre consentimento informado. Defensor da ética animal, publicou em 2020, com David DeGrazia, o livro Principles of Animal Research Ethics, novo referencial para o uso responsável de animais em pesquisa.

Além da bioética, Beauchamp destacou-se como estudioso de David Hume, editando obras críticas como An Enquiry Concerning the Principles of Morals (1998). Autor prolífico, mentor generoso e parceiro intelectual incansável, cultivou o diálogo entre teorias morais, o pensamento pluralista e o compromisso com a dignidade humana. Seu legado permanece como bússola ética em tempos de incerteza. 🌟


Fonte: Remembering Tom Beauchamp (1939-2025) / American Journal of Bioethics

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

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