O consequencialismo é uma teoria que diz que algo é bom ou ruim, a depender de seus resultados.
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Uma ação que traz mais benefícios do que danos é boa, enquanto uma ação que causa mais danos do que benefícios não o é. A versão mais famosa desta teoria é o utilitarismo.
Embora existam referências a esta ideia nas obras do antigo filósofo Epicuro, ela está intimamente associada ao filósofo inglês Jeremy Bentham.
A teoria do utilitarismo de Bentham centrava-se nas ações com maior probabilidade de tornar as pessoas felizes. Se a felicidade era a experiência do prazer sem dor, as ações mais éticas eram aquelas que causavam a maior felicidade possível e a menor dor possível.
Ele até desenvolveu uma calculadora para descobrir quais ações eram melhores ou piores – o “cálculo feliz”. Porque considerava o prazer ou a dor de cada pessoa como iguais, independentemente da idade, riqueza, raça, etc., o utilitarismo poderia ser visto como uma filosofia radicalmente igualitária.
As opiniões de Bentham estão mais estreitamente alinhadas com o utilitarismo de ato. Esta forma básica de consequencialismo considera uma ação ética se, e somente se, produzir resultados mais benéficos/causadores de prazer do que resultados negativos/causadores de dor. Sempre que nos deparamos com uma decisão, um consequencialista espera que façamos essa pergunta.
John Stuart Mill, aluno de Bentham, discordou. Ele acreditava que seria muito difícil para uma sociedade funcionar se tivesse que considerar os custos/benefícios específicos de cada ação. Como poderíamos ter leis sobre excesso de velocidade, por exemplo, se às vezes seria ético ultrapassar o limite de velocidade?
Em vez disso, Mill acreditava que deveríamos descobrir qual conjunto de regras criaria mais felicidade durante um longo período de tempo e depois aplicá-las em todas as situações. Esta foi a sua teoria do utilitarismo de regras.
De acordo com essa teoria, seria antiético você acelerar em uma rua vazia às duas da manhã. Mesmo que ninguém se ferisse, as nossas leis sobre excesso de velocidade significam que menos pessoas serão feridas em geral. Manter essas regras garante isso.
O consequencialismo é uma abordagem ética atrativa porque fornece orientação clara e prática – pelo menos em situações onde os resultados são fáceis de prever. A teoria também é imparcial. Ao pedir-nos que maximizemos os benefícios para o maior número de pessoas (ou, para Peter Singer e outros utilitaristas de preferências, criaturas que têm preferências), deixamos de lado os nossos preconceitos pessoais e interesses próprios para beneficiar os outros.
Um problema com a teoria é que pode ser difícil medir diferentes benefícios para decidir qual deles é moralmente preferível. É melhor doar meu dinheiro para instituições de caridade ou gastá-lo estudando medicina para salvar vidas? Muitas formas de consequencialismo foram propostas que tentam lidar com a questão da comparação do valor moral.
A outra preocupação que as pessoas expressam é a tendência do consequencialismo de usar a lógica de “os fins justificam os meios”. Se tudo o que nos preocupa é obter bons resultados, isso pode parecer justificar prejudicar algumas pessoas para beneficiar outras. É ético permitir que algumas pessoas sofram para que mais pessoas possam viver bem?
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O Ethics Centre é uma organização australiana sem fins lucrativos que desenvolve programas, serviços e experiências inovadoras, concebidas para trazer a ética para o centro da vida profissional e pessoal.
Link do artigo original: https://ethics.org.au/ethics-explainer-consequentialism/