A inteligência artificial (IA) vem se destacando como uma ferramenta revolucionária no campo em rápida evolução da oncologia,. Contudo, um artigo recente publicado no JCO Oncology Practice, liderado por Amar Kelkar, especialista em transplante de células-tronco em oncologia do Dana-Farber Cancer Institute, lança luz sobre os desafios éticos e humanos que acompanham a implementação da IA no cuidado de pacientes com câncer.
O Avanço Tecnológico e Suas Implicações
A IA já demonstrou grande potencial no campo da oncologia, especialmente na identificação de padrões, diagnóstico, monitoramento da evolução da doença, e previsão e otimização de tratamentos oncológicos. Esses avanços, sem dúvida, contribuem para uma assistência médica mais eficiente, reduzindo custos e tempo. No entanto, o artigo destaca uma preocupação fundamental: a interação dos pacientes com programas de IA que não passaram por uma avaliação clínica ou regulatória adequada.
Áreas de Interação e Preocupações Éticas
O artigo identifica três principais áreas onde os pacientes com câncer interagem com a IA:
- Telemedicina: Plataformas de conversas entre médicos e pacientes, onde a IA pode reduzir tempos de espera e coletar dados dos pacientes.
- Monitoramento Remoto da Saúde: Melhoria do acompanhamento da saúde do paciente através de sistemas de IA que analisam informações.
- Coaching de Saúde: Uso da IA para fornecer aconselhamento de saúde personalizado, educação e apoio psicossocial.
Estas inovações, embora promissoras, trazem consigo desafios éticos significativos, principalmente relacionados à confidencialidade dos dados do paciente e à supervisão humana.
A Humanização do Atendimento em Foco
Um ponto crucial levantado por Kelkar é o risco de depersonalização no cuidado de saúde. Embora a IA seja capaz de processar informações e fornecer recomendações, ela não alcança a empatia, a compaixão e a compreensão cultural que apenas os cuidadores humanos podem oferecer. Uma dependência excessiva da IA pode resultar em um atendimento impessoal, erodindo potencialmente a dignidade do paciente e as relações terapêuticas.
Princípios Orientadores e a Caminho do Futuro
Os autores propõem vários princípios orientadores para o desenvolvimento e adoção da IA em situações voltadas para o paciente, enfatizando a dignidade humana, a autonomia do paciente, a equidade e justiça, e a necessidade de supervisão regulatória e colaboração.
A mensagem final do artigo é clara: para garantir a autonomia do paciente, é essencial que eles compreendam os limites das recomendações geradas pela IA. A medida que caminhamos para um futuro cada vez mais tecnológico, é imperativo que mantenhamos a essência humana no cerne do atendimento ao paciente.
Fonte: JCO Oncology Practice
Este artigo foi criado em colaboração entre a Equipe Editorial e Chat GPT-4