A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a necessidade urgente de enfrentar a crescente disseminação da varíola dos macacos na África, especialmente devido a uma cepa perigosa encontrada na República Democrática do Congo (RDC).
Rosamund Lewis, especialista da OMS para a varíola dos macacos, enfatizou a importância de uma ação rápida para controlar o aumento dos casos. Paralelamente, John Claude Udahemuka, da Universidade de Ruanda, que estuda um surto na província de Kivu do Sul, alertou que a variante em circulação é uma mutação do clado I, que já era endêmico na região. Essa cepa tem mostrado uma taxa de mortalidade alarmante, especialmente em crianças.
Cris Kacita, que lidera o programa de controle da varíola dos macacos no Congo, relatou que neste ano foram registrados cerca de 8.600 casos e 410 mortes.
A varíola dos macacos é transmitida por contato próximo e provoca sintomas semelhantes aos da gripe, além de lesões na pele. Embora muitos casos sejam leves, a doença pode ser fatal.
Uma forma menos grave do vírus, o clado IIb, se espalhou globalmente em 2022, principalmente por contato sexual entre homossexuais do sexo masculino, levando a OMS a declarar uma emergência de saúde pública. Essa emergência foi revogada, mas a doença ainda é considerada uma ameaça significativa, como evidenciado por duas mortes recentes na África do Sul.
Vacinas e tratamentos foram utilizados globalmente, mas ainda não estão disponíveis no Congo, e a OMS está trabalhando para resolver essa questão.
Em Kivu do Sul, pesquisadores observaram que a nova cepa está sendo transmitida por diversas vias, incluindo contato sexual e outras formas de proximidade, como em escolas e entre cuidadores e crianças. Além disso, há indícios de que a doença cause abortos espontâneos e sintomas prolongados em mulheres grávidas.
Fonte: WHO, scientists call for urgent action on mpox strain / Reuters
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4
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