No último sábado, cerca de 2 mil pessoas se reuniram em Washington, D.C., para a Marcha pela Libertação de Gênero, que uniu ativistas pelos direitos ao aborto e pelos direitos transgênero.
O evento ocorreu em um contexto de crescente pressão legislativa e social contra ambos os grupos: em 2024, mais de 650 projetos de lei anti-trans foram introduzidos em legislaturas locais, enquanto o direito ao aborto foi drasticamente reduzido em diversos estados desde a revogação do caso Roe v. Wade em 2022.
A marcha buscou mostrar a interseccionalidade entre as duas causas, com os organizadores destacando como as restrições ao aborto e aos cuidados de afirmação de gênero estão conectadas em uma tentativa mais ampla de reforçar os binários de gênero e limitar a autonomia corporal. Para muitos, a luta pelos direitos reprodutivos e pelos direitos trans está interligada, e ambos os grupos enfrentam ameaças semelhantes de controle governamental sobre suas decisões de saúde e identidade.
Figuras como Lizette Trujillo, mãe de um jovem transgênero e participante da marcha, ressaltaram a importância da autonomia corporal e do acesso a cuidados médicos. Ela enfatizou o medo de que seu filho possa perder o acesso a cuidados essenciais devido a novas legislações. Seu filho, Daniel Trujillo, também expressou preocupação sobre como as decisões judiciais iminentes, como o caso U.S. vs. Skrmetti, que será julgado pela Suprema Corte, podem impactar sua vida futura.
A marcha serviu tanto como um espaço de apoio mútuo quanto de resistência coletiva, reunindo famílias, jovens trans e aliados em um ambiente que celebrava a diversidade e a luta contínua por direitos.
Fonte: Why Abortion and Trans Rights Activists Have Found Common Cause / Time
Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4