Em uma era onde capturar o momento perfeito para as redes sociais é frequentemente uma prioridade, uma tendência perturbadora emergiu, apresentando riscos significativos à saúde pública. Pesquisas recentes destacam o número crescente de fatalidades e lesões associadas à tomada de selfies, particularmente em locais perigosos.
A Tendência Crescente de Mortes Relacionadas à Selfie
Um estudo de pesquisadores australianos, publicado no Journal of Medical Internet Research, categoriza as mortes relacionadas à selfie – como quedas de grandes alturas e afogamentos – como uma séria questão de saúde pública. Nathalie Auger, MD, MSc, epidemiologista no Centro de Pesquisa Hospitalar da Universidade de Montreal, ecoa esse sentimento, enfatizando o impacto global e a possibilidade destas tragédias serem preveníveis
Jovens em Maior Risco
A pesquisa de Auger sublinha a vulnerabilidade dos jovens na busca por selfies arriscadas. Eles podem não compreender totalmente os riscos associados. Incidentes recentes ao redor do mundo, incluindo quedas fatais na Índia e na Austrália, sublinham a natureza perigosa dessa tendência.
Causas Subjacentes e o Papel das Redes Sociais
Elias Aboujaoude, MD, professor clínico na Stanford Medicine, aponta para a profunda influência das redes sociais. A busca por curtidas, comentários e engajamento, ele argumenta, pode levar as pessoas a extremos, refletindo uma questão mais ampla do impacto das redes sociais na personalidade e no comportamento.
Percepções Estatísticas e Temas de Cobertura de Notícias
O estudo da Universidade de New South Wales analisou incidentes relacionados à selfie desde 2011, revelando que quedas e afogamentos são as principais causas de morte. Notavelmente, as vítimas eram predominantemente jovens, com uma idade média de 22 anos, e mais frequentemente mulheres. A cobertura de notícias sobre este problema normalmente gira em torno de temas de culpa, aviso e educação/prevenção.
Recomendações para Prevenção
Especialistas sugerem enfatizar a prevenção em vez de culpar as vítimas na cobertura de notícias. Medidas propostas incluem o estabelecimento de “zonas sem selfie”, barreiras físicas e mensagens de segurança em aplicativos de redes sociais. Embora essas etapas possam mitigar riscos, Aboujaoude enfatiza a necessidade de maior conscientização sobre os efeitos tóxicos das redes sociais.
A busca pela selfie definitiva, impulsionada pela busca por validação nas redes sociais, se revela uma questão significativa de saúde pública. A necessidade de maior conscientização, medidas de segurança robustas e uma compreensão mais profunda do impacto das redes sociais no comportamento é mais crucial do que nunca.
Com informações de MedPage Today.