Cresce o interesse por diagnóstico precoce de Alzheimer

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Cláudio Cordovil

Uma nova pesquisa nacional da Alzheimer’s Association mostra que os estadunidenses estão cada vez mais abertos a saber se estão nos estágios iniciais do Alzheimer — mesmo antes dos sintomas afetarem sua rotina.

Entre os 1.700 entrevistados com 45 anos ou mais:

  • 79% gostariam de saber se têm Alzheimer ainda em fase inicial;
  • 80% buscariam ativamente um teste diagnóstico;
  • 91% aceitariam um exame de sangue ou outro método simples, mesmo sem saber que testes já estão disponíveis;
  • 92% tomariam um medicamento aprovado para retardar a progressão da doença;
  • 58% aceitariam o tratamento mesmo com riscos de efeitos colaterais;
  • 83% participariam de um estudo clínico experimental;
  • 81% acreditam que novos tratamentos mais eficazes surgirão na próxima década;
  • 44% se preocupam com a cobertura do tratamento pelos planos de saúde.

Acesso mais fácil, maior disposição

Segundo a psicóloga Elizabeth Edgerly, da Alzheimer’s Association, essa mudança de postura reflete o avanço nos métodos diagnósticos. Antes, era necessário fazer tomografias PET ou punções lombares. Hoje, exames de sangue já oferecem bons indícios da presença das chamadas placas amiloides, associadas à doença.

Além disso, os tratamentos recém-aprovados, como lecanemabe e donanemabe, são voltados justamente para as fases iniciais — o que fortalece o argumento a favor do diagnóstico precoce. Pacientes ainda em plena capacidade cognitiva podem expressar preferências, planejar o futuro e decidir se querem ou não iniciar o tratamento.

Otimismo diante dos novos tratamentos

O geriatra Nathaniel Chin, da Universidade de Wisconsin, observa um crescimento no otimismo entre pacientes. Mesmo que os medicamentos atuais não revertam o Alzheimer, eles sinalizam progresso científico.

“As pessoas querem saber se podem ter acesso a essas terapias — ou às próximas que virão,” diz Chin.

Pacientes lideram a mudança

Apesar da resistência de parte da comunidade médica — que ainda vê os medicamentos como pouco eficazes —, muitos pacientes estão à frente dos próprios médicos, pedindo informações e exigindo acesso aos testes.

Chin oferece os exames de sangue aos seus pacientes com queixas cognitivas, mas alerta para desafios emergentes:

  • Falta preparo de profissionais para lidar com o impacto do diagnóstico;
  • Resultados positivos podem trazer riscos legais ou de acesso a seguros de saúde;
  • Ainda não há proteção garantida para quem recebe um diagnóstico clínico precoce, ao contrário do que ocorre com informações genéticas nos EUA.

Ele acredita que entidades como a Alzheimer’s Association devem agora liderar ações por garantias legais que acompanhem o avanço nos diagnósticos.

📌 Em resumo: a combinação de acesso facilitado a testes, novas drogas em estágio inicial e maior conscientização pública está mudando a forma como os americanos encaram o Alzheimer — de uma doença temida e escondida para uma condição que pode (e deve) ser enfrentada com antecipação.


Fonte: More and more older Americans want to know their Alzheimer’s status, survey finds / NPR

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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