Desafios e Transformações no Tratamento de Doenças Mentais nos EUA

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Cláudio Cordovil

Ao longo do último século, os Estados Unidos passaram por transformações significativas na forma como tratam pessoas com doenças mentais graves. A desinstitucionalização, iniciada na metade do século 20 com o fechamento de muitos hospitais psiquiátricos, é frequentemente apontada como uma das razões para o aumento do número de pessoas com doenças mentais vivendo nas ruas. Este movimento começou com boas intenções e poderia ter tido resultados diferentes com mais financiamento.

Em 1963, pouco antes de ser assassinado, o Presidente John F. Kennedy assinou uma legislação pioneira que visava transformar o atendimento à saúde mental nos Estados Unidos. A Lei da Saúde Mental Comunitária propôs substituir as instituições de custódia por centros terapêuticos e prometeu reduzir o número de pacientes em instituições mentais em mais de 50% em uma ou duas décadas. No entanto, a falta de financiamento adequado para os centros de saúde comunitária previstos acabou comprometendo essa visão.

O impacto das políticas de desinstitucionalização é debatido até hoje. Em Los Angeles, por exemplo, observa-se uma abordagem de “contenção tolerante”, onde comportamentos atípicos e uso de drogas são tolerados desde que confinados a áreas segregadas. Essa situação é desumana e gera custos significativos para os contribuintes, sem melhorar os resultados a longo prazo para essa população.

Recentemente, tem crescido o apoio bipartidário (democratas e republicanos) para uma espécie de reinstitucionalização, visando tratar pessoas com doenças mentais graves com métodos mais assertivos, incluindo tratamento forçado em alguns casos. Isso levanta preocupações sobre o retorno a uma abordagem menos humana no tratamento das doenças mentais.

Embora o tratamento forçado possa ser traumático e associado a riscos aumentados, como o suicídio, a necessidade de uma abordagem mais firme em alguns casos é reconhecida. A questão crucial é como implementar esse tratamento de maneira que respeite a dignidade e a segurança dos pacientes.

Este momento é um ponto de inflexão, onde há um movimento crescente para abordar o problema do tratamento de pessoas com doenças mentais graves, mas é essencial que qualquer abordagem adotada seja implementada com cuidado e humanidade, visando o bem-estar de longo prazo dos pacientes.


Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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