EUA encerram financiamento de vacinas para países pobres e reduzem apoio à luta contra a malária

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Cláudio Cordovil

Um relatório revelado pelo The New York Times aponta que o governo Trump pretende encerrar o apoio financeiro dos Estados Unidos à Gavi, aliança global responsável pela compra de vacinas para países em desenvolvimento. A medida ameaça comprometer décadas de avanços na imunização infantil e no combate a doenças como a malária, que continuam entre as principais causas de morte no mundo.

Corte drástico na ajuda internacional

Um documento de 281 páginas enviado ao Congresso detalha o plano da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que prevê o término de 5.341 programas de assistência externa — restando apenas 898. Embora o valor total dos programas remanescentes possa chegar a US$ 78 bilhões, apenas US$ 8,3 bilhões estão disponíveis para novos desembolsos, sinalizando uma redução drástica em relação aos US$ 40 bilhões anuais anteriormente utilizados pela USAID.

Impacto direto na saúde global

Entre os cortes está o financiamento de US$ 2,6 bilhões prometido à Gavi até 2030. A organização estima que, sem esse apoio, 75 milhões de crianças podem deixar de ser vacinadas nos próximos cinco anos, o que pode resultar em mais de 1,2 milhão de mortes evitáveis.

Países como Serra Leoa, que enfrentam surtos de doenças como mpox e dependem da Gavi para garantir o acesso a vacinas, serão fortemente afetados. “Não é apenas uma decisão burocrática — vidas infantis estão em risco”, alertou Dr. Austin Demby, ministro da Saúde de Serra Leoa.

Programas contra malária também são atingidos

Embora a compra de redes contra mosquitos e medicamentos tenha sido mantida, muitos dos programas logísticos e de distribuição em países como Camarões e Tanzânia foram encerrados. Sem essas iniciativas, o acesso aos tratamentos pode ficar comprometido.

Consequências globais

Além do impacto humanitário, especialistas alertam para os riscos à segurança sanitária mundial. A Gavi não só apoia a imunização de rotina, como mantém estoques globais de vacinas contra doenças como ebola e cólera, fundamentais para conter surtos epidêmicos.

Incertezas jurídicas

Apesar da tentativa do governo de apresentar os cortes como uma decisão definitiva, parte dos recursos é protegida por alocações do Congresso, o que está sendo contestado judicialmente. O cenário, portanto, ainda pode mudar — embora a atual sinalização represente um duro golpe à imagem histórica dos EUA como líderes na luta contra doenças infecciosas.

🧬 Resumo: O fim do apoio dos EUA à Gavi e aos programas contra a malária representa uma ameaça concreta à saúde global e pode comprometer décadas de avanços em países de baixa renda. A decisão, ainda sob disputa legal, pode afetar diretamente a vida de milhões de crianças.


Fonte: U.S. to End Vaccine Funds for Poor Countries / New York Times

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

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