MIV: Uma Alternativa Mais Suave à Fertilização In Vitro?

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Cláudio Cordovil

O tratamento de fertilidade pode ser uma jornada emocional e fisicamente desgastante. Quem passa por um ciclo de fertilização in vitro (FIV) frequentemente enfrenta injeções hormonais diárias, efeitos colaterais intensos e visitas constantes à clínica. Mas um novo método pode oferecer uma alternativa menos invasiva: a maturação in vitro (MIV).

O Que é a Maturação In Vitro (IVM)?

Diferente da FIV tradicional, que exige injeções hormonais para amadurecer os óvulos dentro do corpo, a MIV coleta óvulos imaturos e os faz amadurecer no laboratório. O método existe desde 1991, mas só recentemente os avanços científicos vêm tornando sua aplicação mais viável.

A principal dificuldade da MIV é replicar, em laboratório, as condições naturais dos ovários. Empresas e pesquisadores estão explorando diferentes abordagens para tornar o processo mais eficaz. Uma startup nos Estados Unidos, a Gameto, desenvolveu um meio de cultura baseado em células-tronco, chamado Fertilo, que imita os sinais químicos do corpo. Recentemente, o primeiro bebê gerado com essa tecnologia nasceu. Outras técnicas estão sendo testadas no Vietnã e na Bélgica.

Quais as Vantagens da MIV?

A MIV traz benefícios significativos, especialmente para mulheres que sofrem com os efeitos da estimulação hormonal na FIV. Entre as vantagens, destacam-se:

Menos hormônios: o procedimento reduz ou até elimina a necessidade de injeções hormonais, diminuindo sintomas como inchaço, náusea, fadiga e mudanças de humor.
Menos visitas à clínica: a necessidade de monitoramento frequente diminui, tornando o tratamento mais acessível para quem mora longe dos centros de fertilidade.
Menos riscos para pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP): mulheres com SOP e hiper-respondedoras (aquelas que produzem muitos folículos naturalmente) correm mais risco de complicações na FIV. Para elas, a MIV pode ser uma opção mais segura.
Menor custo: ao reduzir os medicamentos e exames, o procedimento pode ser financeiramente mais acessível.

A MIV é Para Todas as Mulheres?

Apesar das vantagens, a MIV ainda não é indicada para todas as pacientes. Mulheres com baixa reserva ovariana – aquelas que estão se aproximando dos 40 anos e têm poucos óvulos disponíveis – provavelmente não serão boas candidatas. No entanto, o método pode funcionar bem para:

  • Mulheres jovens que desejam congelar óvulos.
  • Pacientes com trompas bloqueadas.
  • Pessoas LGBTQ+ e mulheres solteiras que buscam reprodução assistida.
  • Pacientes com câncer que precisam preservar sua fertilidade antes da quimioterapia.

O Futuro da IVM

Nos Estados Unidos, as versões mais modernas da MIV ainda não estão amplamente disponíveis, pois dependem da aprovação da FDA (órgão regulador de medicamentos). No entanto, países como Austrália, México, Peru e Argentina já autorizaram a tecnologia Fertilo, e mais de uma dúzia de mulheres nesses locais está grávida após o tratamento.

Mesmo que a taxa de sucesso da MIV seja um pouco menor do que a da FIV tradicional, a técnica pode oferecer uma alternativa mais humanizada e acessível para muitas pacientes. Em um setor historicamente focado na eficácia, cresce a demanda por tratamentos de fertilidade que sejam menos invasivos e mais gentis com o corpo das mulheres. 💙


Fonte: A Less Brutal Alternative to IVF / The Atlantic

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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