O uso da IA na pesquisa científica: benefícios e desafios

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Cláudio Cordovil

Uma pesquisa recente realizada pela Wiley com quase 5 mil pesquisadores em mais de 70 países revelou que a inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais central para a pesquisa científica. No entanto, apesar do interesse crescente, muitos acadêmicos ainda sentem falta de suporte e diretrizes claras para utilizar essas ferramentas de forma eficaz.

📌 IA na ciência: aceitação em expansão

De acordo com os dados levantados, ferramentas de IA generativa, como ChatGPT e DeepSeek, devem ser amplamente aceitas para tarefas como preparação de manuscritos, revisão por pares e elaboração de propostas de financiamento nos próximos dois anos. Mais da metade dos participantes acredita que a IA já supera os humanos em atividades como:

  • Revisão de grandes volumes de literatura científica
  • Resumo de descobertas
  • Identificação de erros na escrita
  • Detecção de plágio
  • Organização de citações

Cerca de 67% dos pesquisadores querem usar IA para lidar com grandes volumes de informações, incluindo a análise de literatura e a síntese de dados.

🚧 Uso ainda limitado, mas promissor

Embora o potencial da IA seja amplamente reconhecido, apenas 45% dos entrevistados já a utilizam em seu trabalho diário. O uso atual se concentra em tarefas mais simples, como tradução, revisão e edição de manuscritos.

Curiosamente, pesquisadores da China e da Alemanha, além de cientistas da computação, estão entre os que mais utilizam IA no meio acadêmico. Já entre os jovens pesquisadores, há um interesse maior em empregar essas ferramentas para escrever propostas de financiamento e encontrar potenciais colaboradores.

🤖 IA vs. humanos: quem faz melhor?

A pesquisa indicou que a IA já é vista como superior em algumas atividades, mas ainda perde para os humanos em tarefas mais complexas, como:

Melhor desempenhado pela IA:

  • Revisão e organização de referências bibliográficas
  • Revisão de literatura e processamento de grandes volumes de dados
  • Resumo de artigos em linguagem acessível

Melhor desempenhado por humanos:

  • Otimização do design experimental
  • Escolha de revistas para submissão de artigos
  • Seleção de revisores para artigos científicos
  • Simulações avançadas

Isso sugere que, embora a IA possa automatizar processos, a experiência e o julgamento humano continuam essenciais em várias etapas do trabalho científico.

Desafios e preocupações

Apesar do otimismo, cerca de 81% dos pesquisadores manifestam preocupações com a precisão da IA, possíveis vieses, riscos à privacidade e falta de transparência nos modelos. Além disso, dois terços dos entrevistados apontam a falta de treinamento como um grande obstáculo para o uso mais amplo dessas ferramentas.

Para enfrentar esses desafios, 70% dos pesquisadores acreditam que as editoras científicas deveriam fornecer diretrizes claras sobre o uso da IA. Há um consenso de que a capacitação deve ser obrigatória, assim como ocorre com treinamentos em boas práticas clínicas.

📜 O futuro: regulamentação e diretrizes

A Wiley está atualmente revisando suas diretrizes sobre o uso da IA na pesquisa científica, buscando fornecer orientações sobre quando e como essas ferramentas podem ser usadas com segurança. O objetivo é ajudar pesquisadores a equilibrar o uso da IA com a necessidade de supervisão humana e transparência.

Embora ainda existam desafios a serem superados, a pesquisa reforça que a IA já está remodelando o cenário acadêmico. Para que sua adoção seja segura e eficaz, será fundamental o desenvolvimento de políticas e treinamentos que orientem seu uso responsável. 🚀

💡 O que você acha? A IA deve ser amplamente integrada ao trabalho científico ou ainda há riscos que precisam ser melhor avaliados? Compartilhe sua opinião! ⬇


Fonte: How are researchers using AI? Survey reveals pros and cons for science / Nature

Este artigo foi criado em colaboração entre Cláudio Cordovil e Chat GPT-4

Imagem gerada por Inteligência Artificial

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